► Números e Expectativas para 2018!

Recuperação. Essa foi a tônica do ano para o varejo brasileiro que retomou o crescimento e voltou ao patamar de vendas e faturamento registrados antes dos anos de crise.

Se as perspectivas já eram otimistas – com projeção de 4% de crescimento – o resultado foi ainda mais positivo. As vendas em shopping no Brasil em 2017 atingiram R$ 147,5 bilhões, correspondendo a um aumento nominal de 5,0% sobre 2016. Já o período de Natal 2017 movimentou R$ 51,2 bilhões em vendas, um crescimento de 6% em relação ao ano passado.

Alguns fatores contribuíram para esse resultado, entre os quais se destacam:

  • os dados do mercado de trabalho mostram sinais de recuperação lenta e gradual, pois a taxa de desemprego vem caindo desde abril de 2017, embora tenhamos ainda cerca de 12,5 milhões de desempregados;
  • o programa da liberação das contas inativas do FGTS injetou R$ 44 bilhões na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores que puderam sanar dívidas, abrindo espaço para voltar aos financiamentos e consumir;
  • o saque do PIS/Pasep liberou, mais recentemente, R$ 15,9 bilhões de recursos do fundo para 7,8 milhões de cotistas, que poderá contribuir para o varejo;
  • o mercado de trabalho brasileiro no 3º trimestre de 2017 movimentou R$ 188 bilhões em salários, que representa R$ 7 bilhões a mais em circulação na economia no período de um ano, melhorando a expectativa de consumo e vendas para o natal;
  • a redução da taxa básica de juros para 7%, a menor taxa desde 1999 quando o Bacen adotou o sistema de metas de inflação, favorece a queda das taxas de financiamentos, instrumento importante para o consumo;
  • a redução da inflação tem sido fator fundamental para a evolução da massa de renda, levando mais consumidores ao mercado, fator positivo para maior dinamismo no varejo no fim de ano.

No total, 65% dos micro e pequenos empresários acreditam que seus negócios vão apresentar
desempenho positivo nos próximos seis meses; para metade, o faturamento irá crescer.

Nota: A escala do indicador varia de 0 a 100, sendo que resultados acima de 50 demonstram uma prevalência de otimismo entre os micro e pequenos empresários.

“O crescimento do indicador reflete a melhoria no consumo das famílias e dos indicadores de vendas do comércio e serviços. As expectativas geradas pelo fim do ano e, sobretudo, a melhora já observada no desempenho dos negócios contribuem para essa sensível mudança de perspectivas.” (Honório Pinheiro, presidente da CNDL e empresário do ramo supermercadista).

Os empresários adotam uma postura mais positiva ao analisar o próprio negócio do que as condições da economia do país como um todo. No caso da avaliação dos últimos seis meses, o desempenho da economia registrou 34,6 pontos em outubro, ao passo que o desempenho dos negócios, 44,1 pontos. Em ambos os casos, houve melhora tanto na comparação com o mês anterior quanto frente ao mesmo mês do ano passado.

Já no caso das expectativas para os próximos meses, a dimensão da economia apresentou 57,6 pontos e a dos negócios, 67,8 pontos. 48% dos micro e pequenos empresários estão confiantes com o futuro da economia.

Para 2018, se espera uma curva positiva de crescimento com a retomada do emprego e de grandes investimentos de redes varejistas.

Fontes: Revista Varejo S.A. | Folha de S.Paulo | Alshop – Associação Brasileira de Lojistas de Shopping CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas

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